reflito-me no lago
como se Narciso fosse
e fossilizada nesse
brilho reflito fria
nada pulsante, vago
ele lambe e beija
sua própria luz
refletida em eco
mal me vê perdida
sob o derradeiro
feixe declara-se
ao seu reflexo
iluminado e cego
quantas noites sem lua
estarei no lago
à espera de um único
e lascivo olhar?
4 comentários:
E, num olhar de relance, às vezes Narciso distrai-se da própria imagem para olhar em torno, e então, talvez, veja a ninfa, a vida, a flor!... que o possa salvar dos mergulhos abissais no fundo de si...
Ótimo poema, bela fotografia, linda conjunção!
poesia da boa
foto excessiva d taum boa
post magnifico ^^
..vou seguir o/
Um poema cheio de sentimentos.
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