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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

não é.

























todo querer é compreensível
é muito pedir para o que
não tem perdão
é o medo do que
acredito ser mais forte:
o incontrolável

é o silêncio que corta
para não ser dito
é a dor que punge em delito
é o tolo que enfrenta
o inconfrontável
que ama na loucura
e no descontentamento

todo querer é perecível
enquanto não te torna escravo
minto se disser que não
mas se nego
perpetuo a sina do não
que não é não

e sendo assim
nego o que mais quero
e negando direi:
mais quero
e me desdirei perdida
que na negação
fujo do que
mais necessito


é o querer execrável
pois ao amar só
o que lhe é amável
a vileza seria só advento
e não é.