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segunda-feira, 5 de julho de 2010

[Soneto Imperfeito]

















soltei língua, fumo e desejo no alcoice
e vieram a mim putas safadas, belas,
as mancas, jovens, velhas e aleijadas
todas amantes fiéis, lindas e taradas


nenhuma reclamou da fadiga ou da lida
lambuzaram-me e já se fazendo faceiras
dançavam livres sobre minhas lambidas
como se tudo fosse sexo, droga e bebida


tomavam-me o fôlego com seus beijos
laçavam-se em minhas pernas e dorso
engoliam-me vivo, vulvas, cus e açoite


fizeram-me um deus pagão profanado
em tese um deus do gozo desfigurado
provei o alívio de dores transformadoras.

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