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segunda-feira, 5 de julho de 2010

ainda trago-te marcado em mim






















como o último trago
como o único gozo
seus olhos negros
sua cabeleira ao vento
montado segredos soturnos
cavalgando as elegias
duma noite sem lua
trago-te
fumaça que me embriaga
olhos da taça de vinho
respirar profundo
amor defunto
quisera te deixar descansar
em teu sono eterno...

mas ainda trago-te marcado em mim
como a última gota
como o único cale-se
meus olhos negros
minha cabeleira ao vento
montada em sua carne latejante
cavalgando as alegorias
duma vida sem lume
trago-te
porre de menina-moça
hímen desvirginado
suspirar profundo
gozo moribundo
quisera que eu desistisse
silêncio e sono interno...

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