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segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Narciso e a estrela

























reflito-me no lago
como se Narciso fosse
e fossilizada nesse
brilho reflito fria
nada pulsante, vago

ele lambe e beija
sua própria luz
refletida em eco
mal me vê perdida

sob o derradeiro
feixe declara-se
ao seu reflexo
iluminado e cego

quantas noites sem lua
estarei no lago
à espera de um único
e lascivo olhar?

4 comentários:

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

E, num olhar de relance, às vezes Narciso distrai-se da própria imagem para olhar em torno, e então, talvez, veja a ninfa, a vida, a flor!... que o possa salvar dos mergulhos abissais no fundo de si...
Ótimo poema, bela fotografia, linda conjunção!

Anônimo disse...

poesia da boa
foto excessiva d taum boa

post magnifico ^^


..vou seguir o/

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Angela Nadjaberg Ceschim Oiticica disse...

Um poema cheio de sentimentos.