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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

jura


















vê quanto sou boa
o quanto sou ruim
que diferença faz
se clamo, chamo ou engano?

é uma ofensa essa mão nua
diante de minha extrema paixão
fervo qual febre que mata
doença terminal

essas sobras se condensam
num coração extremado
tremo, rogo, inflamo

é de desespero o querer
da cura
pouco amorosa a quimera
rança e dura

é vício de latejo
nem brandura
nem ternura
que minha tez é ingrata
quero-te na sede

ato, fato, fervura.

2 comentários:

Fabiano Barros disse...

meu espírito éter,
minha carne trêmula,
meu corpo suspenso
em tempo e espaço...

Sindri disse...

E esse teu útero de água e arame? Tua lótus nunca será de plástico Fabiano, amigo.