
sou daquele chorar de desespero
cantado ao ser parido
tenho um buraco na copa superior
que insiste em deixar o sol entrar
mas sou apenas o silêncio
numa terra chamada solidão
o viajante de corpo duro
que mal sai do lugar
sou apenas olhar distante
o amante frio que desertifica
e entrega sal e dor
ao ser que mais o amou
quantos passarinhos pousaram
nesses galhos secos e nada
encontraram nessa terra
devastada e inerte?
por um breve momento
de braços abertos amei
por um minuto fui flores
tão miúdas que secaram
não mais.
performance de Nayra Carvalho
e parceria na arte visual com Krista Yorbyck
2 comentários:
Linda fotografia, a garota parece até algum ser encantado da floresta, daqueles gnomos que moram nas árvores. Parabéns.
é que a humanidade escapa
Postar um comentário