
não me escondo
isso não...
é que por vezes
sou tão pequena,
biltre e gasta
que ínfimo-me
inexistindo
como se não existir
fosse um presente
perco-me
daquele
que julgo ser
e esmoreço
na procura
de quem não pude ter.
performance de Nayra Carvalho
e parceria na arte visual com Krista Yorbyck
Um comentário:
Esconder-se, mostrar-se, esconder-se... nesta oscilação, neste balanço ou dança vivem os sentidos, respiram os viventes, pulsam os sentires. Já que a potência e mágica do ser, e da arte, e da linguagem, e da poesia, estão nesta possibilidade de equívoco, de escolha, de in-decisão, de jogo, de re-invenção........... Bela foto, bonito poema, tudo agudo por aqui! Abraços outonais.
Postar um comentário