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quinta-feira, 17 de março de 2011

a estrela e a esfinge


destrua o passado que me fez como sou
e mesmo em cacos e extirpada refletirei fria
nos seus olhos vazios de pedra, cimento e cal

pensa na imperfeição dos subjetivos pretéritos
e conjura-me intento além da razão perfeita
de seus enigmas vesgos de re-composição

na temperança vago quase branda
no meu corpo celeste extingo-me
e meus fragmentos envio como chuva

e banharei sua face e essa maldita babilônia
que tem por deserto, seu chão, seu limite
que minhas memórias sejam só espórios

fuja ao me ver derramada
dos monstros que criei e rememoro
pois só do pó ao pó estar sem ousadia

há séculos busco a musa manca
aquela que os olhos renegam por culpa
e que a farsa regurgita por já tê-la de cor

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