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quinta-feira, 17 de março de 2011

casca



se gritar meu nome
com voz ocre
e fingir que não ouço
deitada sob seu peito
agudo e só, não me culpe
o silêncio é fardo
das dores que trago
como os golpes
que me infligira
ainda em seu ventre
por não chorar me calo
antes que me estupre.









performance de Nayra Carvalho
e parceria na arte visual com Krista Yorbyck

3 comentários:

Anônimo disse...

Mas quanta dor na poesia!
As fotografias são mais alegres, desculpem afirmar isso. Mas é que dessa vez não se combinaram tão bem. A modelo da fotografia é alegre, viva, mas a poesia não, é por vezes amarga, muito "sal". E sal encontro por aí de graça, pelas ruas, nos olhos e nas palavras dos homens.

Sindri disse...

Sao visoes, por vezes elas enganam. Há de se ter cuidado com o que os olhos revelam...

Sindri disse...

É que a alegria escapa,se sabes, e há de se ter olhos sutis para recebe-la sem ser ferido.