Pesquisar este blog

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Quando se é verde



























Não se percebe a malícia,
O amargo do mundo.

Quando criança,
Espiava da janela
Translúcida do quarto.

Tinha esperança
De ser feliz donzela,
Ser contente de fato.

Num momento qualquer,
Em que o sol se escondia,
Num quarto de mulher,

Vi uma figura estranha,
De olhos arregalados
E medo nas entranhas.

Fiquei receosa, pois seus olhos,
Eram apenas angústia,
Ânsia por algo perdido,
Jamais encontrado.

Naquele momento nada entendi,
Mas hoje sei
Que foi a mim que eu vi.


performer: Nayra Carvalho

Nenhum comentário: