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terça-feira, 25 de outubro de 2011

vingança


por que não matar a semente
antes que caminhe para que seja fruto?
que matem a semente, então!

e se devo dizer
direi algo acerca da certeza dos paradoxos
desabrigam e desobrigam-me de ser coerente
as quadradezas tendem a encolher as arestas
e se tornarem círculos, ciclos

e se não disser nada
sobre os silêncios onde o carbono habita
ou onde os radicais livres não deterioram
ainda tentarão fórmulas perfeitas onde nada envelhece
ou perde o sentido

hão de rezar e acreditar que está à mão
a virtude e a clemência
e enfrentar o que afirmo
como se a luta já não estivesse aí
bem antes de todos nós.

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