o amor da entrega pura
se estraga com o tempo
se esvai pelos ralos
pelas frestas das portas
nas ranhuras das paredes gastas
o amor de pulso inocente
se perverte em sexo mundano
se esgarça nas saias das amantes
se desfia pelas meias finas
nas mentiras mal contadas
e assim, a confiança no outro
e em si se vão com o vento
da primavera
que não espera
não espera
teu nome estará guardado
e o repetirei mil vezes, meu amado
foi o único que não me teve
e que amei mais que todos
teu nome nunca será o meu.
(poema para Marco Fernando)
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