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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

o feio

























não obedece a estética
é como eu gosto
sua voz rouca quase polida
invade e trai
faz-me hermética

sua boca é macia e lenta
beija e rouba com desprezo
cada vez mais faminta
zomba de mim enquanto
me alimenta e me suga

sabe fazer parar o tempo
quando me penetra
é carne na carne, olho no olho
quando o olhar não foge
para o canto onde está a janela

meu macho, meu sol de janeiro
invade e preenche-me aro
surra-me com afagos íntimos
e impera-me soberano
é, e seja.

2 comentários:

breno pessurno disse...

tem que fazer um livro um dia dessas fotos únicas...

lucas lopes disse...

é e seja.....