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domingo, 4 de setembro de 2011

nu



quem há de olhar o homem
assim, nu meio sem alma
meio sem olho frígido
entregue e hostil a si mesmo?


quem há de servir o servo de si
que não se ilude mais em auras
de coros perenes
e quereres fecundos?


quem há de sentir o homem
que se entrega sem acreditar
e beija o colo e as vísceras
para depois abandonar?


quem há de olhar o homem
assim pálido e desaguado
duro e rígido feito pedra
e se dar sem chorar?

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