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domingo, 4 de setembro de 2011

debitum



e com essa tranquilidade
proclamam-me descartável?

mal temo o ecoar
da ira das vozes
de mil vozes sutis
dizendo da mágoa
que teimei sufocar

o artifício é a confissão
a entrega do crime pelo criminoso
sou demais propensa a me acusar

sim, te amei e amo!
sou cruel e egoísta por sentir
e na altura de minha inconstância
passei por teus estados
e segui-te cega e benevolente

à minha revolta impus silêncio
curvei-me à lei de todos
e não nego os excessos
não espero teu zelo
ou teu perjúrio

aplicai-me teu selo
castigue-me se te apraz


só resta a pena.

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