Pesquisar este blog

domingo, 4 de setembro de 2011

dogmas





o fantasma que mais amo
não arrasta correntes
sobre meus telhados
não caminha sobre cinzas
ou berra em maldições


me faz sorrir e chorar
faz brilhar essas cicatrizes
e pergunta: por quem morreu?
por quem foi sua luta?
pra que se arrepender?


ele vive a fugir do sol
vai embora quando amanhece
não mente, nem engana
sangra por fantasias
e sonha que sabe do amor

4 comentários:

L. Rafael Nolli disse...

Astuto esse fantasma, Larissa. Vi ele andando pelos cantos, buscando os becos, tentando não ser percebido. Gostei!
Abraços!

Larissa Marques - LM@rq disse...

está tão evidente que ele se esgueira, Nolli? ou é essa sua maneira única de desnudar minhas escritas?
beijo!

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

O poema é ótimo, Larissa! "O fantasma que mais amo"... é exatamente este, o fantasma dos sujeitos, tão temido quanto amado, aquele que se esgueira, sorrateiro, e aparece, espiando entre as frestas, quando o "eu" se parte e desmonta!!! As fotos do Sindri, sempre fantásticas. Feliz conjunção! Abraços alados a ambos.

Larissa Marques - LM@rq disse...

Obrigada, Analuka! Sempre presente, desde o início! Beijo!