Pesquisar este blog

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

até logo



























sua margem
é o não querer mais bruto
talvez uma falta carmim
que encarna o âmago

como se qualquer fim
fosse recomeço
retrataria agora
os beirais de um olhar

coadjuvantes passivos
os sapatos e a vida
permanecem encharcados
de sal e choro

toda palavra
atolada na lama
do sussurrado e falso:
“até logo!”

como se qualquer quebra
fosse parca
a fronteira não demarca
cada lágrima atributo
para esse derradeiro parto
um infinitivo luto.



performer: Fabiano Barros

Nenhum comentário: