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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Degradado, um ser gasto



























Puído, corroído pelo tempo
Jogado como saco plástico
Que já não serve
Desgraçado, um menos que nada
Farrapo humano
Com cheiro de urina
Coberto de germes
Pobre latrina
Um dia foi criança
Não se sabe se menino,
Talvez menina
Não pode-se distinguir
Desvalido,
Farrapo urbano
Mas ainda se prolifera
Como muitas bactérias,
Como os ratos do esgoto,
Tomam conta
Do submundo
Eis a rebelião dos sujos
A revolta dos falidos
Que se erguem em busca da visão
Eis a batalha dos excluídos
Haverá flauta para hipnotizá-los?
Haverá pesticida para todos?




performer: Elso Mendes

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